Drupa: uma visão geral de uma indústria em transformação

A drupa deste ano superou expectativas em diferentes circunstâncias. Primeiro pela excelente presença de público, perto de 260.000 visitantes sendo 76% de fora da Alemanha, um recorde de participação estrangeira, mesmo com um número menor de dias de exibição. Em segundo, pela reafirmação da feira como a única hoje em dia no setor onde os visitantes podem ver uma plena exibição de todos os principais equipamentos dos fabricantes. Por uma questão de custo, nem todos são exibidos nas outras feiras. Essa duas circunstâncias foram, sem dúvida, uma das razões pela decisão da feira voltar aos quatro anos originais entre exibições.

Resumi minha análise da feira em 7 pontos principais e vou procurar resumi-los. O primeiro foi a sensação de que a mídia impressa, o material impresso, parece ter encontrado seu eixo em um mundo cada vez mais digital e em contrapartida com a drupa anterior onde havia uma dúvida pairando no ar sobre a viabilidade do setor. Nesse período de tempo houve uma espécie de redescoberta da importância da impressão naquilo que ela faz de melhor: credibilidade, permanência, relevância e sensibilidade. Daí uma certa alegria geral pela pujança da indústria.

O segundo foi a customização dos equipamentos. Por um lado pela velocidade de resposta de vários dos fabricantes no sentido de trazer soluções a aplicações que seus clientes necessitam em tempo e prazos cada vez menores. Por outro lado, dadas as novas tecnologias, especialmente a de inkjet onde seus cabeçotes de impressão se ajustam a diferentes equipamentos, saí com a sensação, dada a flexibilidade no desenvolvimento de máquinas específicas, que soluções individuais serão mais frequentes. Uma máquina para cada um.

Em terceiro a explosão de alianças estratégicas entre diferentes fabricantes para o desenvolvimento de soluções conjuntas. Sempre existiu, mas cresceu muito. Em especial pela junção das competências de quem sabe há décadas como fazer boas máquinas de impressão com as novas tecnologias de impressão digital. Juntam-se os dois lados e pronto: uma chuva de lançamentos principalmente voltados ao mercado de embalagem. Com razão. É o mercado mais crescente do setor devendo representar perto de 50% de toda a produção gráfica mundial nos próximos anos. E também porque ele vem exigindo maior flexibilidade de produção para atingir segmentos cada vez mais específicos de produtos. Uma grande produção cada vez mais customizada.

Em quarto, um fluxo de trabalho mais digital, mais leve, nas nuvens, aumentando as oportunidades de cada empresa desenvolver mais serviços focados em seus clientes ou mercado alvo de acordo com sua proposta de valor. Juntam-se as peças, os softwares, que permitem maior conexão digital com os clientes, com a produção, com a logística, com novos serviços. A tecnologia para estar na chamada indústria 4.0 que está florescendo por sistemas cyber-físicos, integrando produtos e máquinas, plantas inteligentes a mercados em demanda flexível. Algo para o futuro, mas que já está na esquina.

Em quinto, a reafirmação do crescimento da impressão digital, em especial da tecnologia inkjet em todas as formas de produção. A colocação prática da impressão nanográfica do Landa com suas máquinas em funcionamento. Também a constatação de que os processos de produção serão cada vez mais mistos, com o uso da tecnologia ainda dominante da offset e da crescente e de altíssima qualidade atual da flexografia junto com as impressoras digitais em diferentes aplicações. Uma produção flexível e na busca de maior automação e customização.

Em sexto, o impactante mundo da conversão reunindo embalagens semirígidas, flexíveis, rótulos e toda a gama de soluções que servem não somente para proteger produtos, mas para comunicar melhor e captar a atenção dos consumidores. Pela importância já citada das embalagens no setor gráfico hoje, muito da feira estava nessa área. Com o crescimento das impressoras rotativas digitais, da flexografia e de toda a evolução dos acabamentos na busca de automação e aumento de eficiência operacional. Acabamentos e tecnologias que aumentam a sensação visual e tátil dos impressos. Uma das estrelas do mundo impresso: a reação dos sentidos que o mundo digital, por enquanto, não permite.

Por fim, o que chamo do novo mundo da impressão das coisas que passa por todas as impressões em todos os tipos de material como madeira, vidro, cerâmicas, tecidos, eletrônicos e até mesmo a impressão 3D, já tão presente na exposição. Um mundo que permite a construção de novos produtos e nichos de consumo até então pouco explorados, mas que permitirão a impressão do mundo.

Parece muito? Talvez sim, mas que traz para essa indústria toda uma nova conformação que não existia antes. Ainda que não venha a se chamar exatamente gráfica.

Leia mais

Embalagem, cores e marcas

O segmento de embalagens transformou-se, dentro do diversificado mercado gráfico, o foco das atenções. A queda das tiragens e a transição da mídia impressa para a digital em alguns nichos estão transformando o segmento de embalagens a bola da vez nos investimentos gráficos. E, claro, para atuar com qualidade nesse segmento é necessário entender suas especificidades e demandas.

Particularmente, quando falamos em embalagem, estamos falando de um alto grau de exigência de qualidade, e essa qualidade passa não somente pelo layout e design, como também pela qualidade e fidelidade das cores. Design e apelo visual; essa é a base do marketing quando o assunto é conquistar os olhares dos clientes nas gôndolas.

Mas por que, nesse contexto, a cor se torna tão fundamental?

Primeiro, porque, como já dito, a embalagem possui, mais do que qualquer produto, um apelo de vendas fortíssimo; ela vende, literalmente, o produto nela contido. Segundo porque uma embalagem de design inteligente e eficaz destaca a marca do fabricante, e, por sua vez, essa marca leva uma cor que, por conseguinte, faz parte primordial da identidade corporativa.

Já imaginaram o rótulo ou engradado de Coca-cola com variação de seu famoso vermelho? Ou as cores das embalagens dos lanches do McDonald’s ou das fabricantes de alimentos congelados sofrendo variações gritantes, cada qual num tom? Ou, ainda, uma embalagem de esmalte cujo tom de vinho destoe da cor do produto aplicado à unha?

Isso seria, nada mais, nada menos, do que uma afronta à tradição e ao patrimônio de uma marca com muitos anos de atuação no mercado.

Não é à toa que o gerenciamento de cores (e sua aplicação na impressão) é um dos quesitos mais valorizados pelos fabricantes no momento de escolher seus fornecedores de serviços gráficos. E também não é por um acaso que os grandes players gráficos do segmento de embalagens vêm investindo intensamente em soluções profissionais de gerenciamento de cores, e, doutro lado, os fabricantes estão dedicando esforços consideráveis em pesquisas e desenvolvimento para a criação de soluções específicas para gerenciamento de cores que leve em conta as características do mercado de embalagens, tais como mídias, tipos de tinta e processos de impressão.

Leia mais

O crescimento de rótulos impressos por tecnologia digital

O mercado de rótulos tem crescido mais que outras opções de decoração para frascos, garrafas, latas e até mesmo bisnagas, já que permite uma infinidade de possibilidades que podem desequilibrar no ponto de venda, fazendo uma enorme diferença. Na maioria das vezes, a opção por rótulos também é adotada em função de lotes menores e prazos exíguos, daí a opção pela impressão digital.

A competição está cada vez maior: a globalização impõe que as artes daqui sigam novos padrões de estética, que mudam cada vez mais rápido e que pedem variantes quase infinitas e, muitas vezes, até mesmo com personalização.

A opção por rótulos já é a primeira na maioria dos mercados. A questão recente é a definição do tipo de tecnologia de impressão. A impressão digital atualmente é mais competitiva e acessível, a ponto de recentemente encontrarmos em uma feira na Europa impressoras para rótulos de pequeno porte para microempresas, ou seja, em breve os próprios usuários imprimirão seus rótulos.

A nova tecnologia veio para complementar. A maioria das empresas fornecedoras de rótulos já oferece essa opção, pois é uma excelente alternativa para lotes menores, variados e que exigem prazos de entrega curtos.

Latas de alumínio promocionais têm adotado a solução de rótulos termoencolhíveis, assim como garrafas de campanhas especiais, e, na maioria das vezes, a impressão é digital.

Bisnagas e potes (rótulos auto-adesivos e IML – in mold label, respectivamente) são os novos mercados de rótulos, e, como ainda são nichos, a escolha pelo digital é quase total.  A tecnologia de impressão digital evoluiu muito e atualmente incorporou os acabamentos (recursos gráficos de enobrecimento) e a possibilidade de aplicação em quase todos os substratos, o que reduz as desvantagens que ainda havia.

Acabamentos na era digital que podem ser incorporados à produção de rótulos

A Scodix® lançou um equipamento para finalização digital que permite soluções de enobrecimento através de laminação de filmes finos e especiais com os seguintes efeitos: fosco, metalizado, holográfico, além de aplicação de polímeros.

A aplicação de polímeros pode ser colorida ou apenas brilhante, em diferentes alturas, criando recursos visuais diferenciados e únicos. Tudo comandado de forma digital sem necessidade de filmes, moldes ou formas. Muito menos precisam de set up.

É uma plataforma de tecnologia versátil, que proporciona efeitos de qualidade com possibilidade de incluir linguagem Braille, dados variáveis e Scodix Foil™, tudo em uma única operação.

A opção pelo novo processo da Cast & Cure ®

Este revestimento decorativo que integra “aplicação num molde” e “cura“ (UV ou EB), que pode conferir um efeito de alto brilho ou mate e acabamentos holográficos em uma variedade de substratos. O sistema pode ser integrado a qualquer processo de impressão.

É considerado um processo ambientalmente melhor à medida que facilita a reciclagem, pois eliminam filmes metalizados laminados.

Concluindo: os rótulos impressos em tecnologia digital sempre podem ir além, encantando os consumidores através de boa impressão com acabamentos elegantes, indo do muito simples ao sofisticado, com emprego equilibrado dos recursos de acabamentos gráficos, em lotes cada vez menores e prazos surpreendentes. Sucesso!

Demonstração de que sempre se pode inovar usando a tecnologia a favor, desta forma podemos ter embalagens mais seguras, mais bonitas e melhores para o meio ambiente.

Embalagem melhor. Mundo melhor! Sempre!

Se quiser mais informações e fotos dos produtos, é possível obtê-las no site: www.clubedaembalagem.com.br.

Leia mais

BNDES Automático 2017 – Hora de Trocar de Máquina?

Será hora de trocar de máquina? O BNDES divulgou as novas condições do Produto BNDES Automático que visa o apoio a investimentos para implantação, ampliação, recuperação e modernização de ativos fixos e projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação que sejam inferiores ou iguais a R$ 20 milhões.

Completam as medidas anunciadas pelo banco a redução de 30 para dois dias no prazo de análise e concessão de crédito e a ampliação de R$ 1 milhão para R$ 2 milhões no limite do Cartão BNDES, usado para financiar máquinas e equipamentos.

No BNDES Automático 2017 o destaque vai para possibilidade de pagar o empréstimo em 20 anos com 36 meses de carência. A oportunidade é muito boa para atualizar seu parque de máquinas. Assim, equipamentos como Extrusoras, Impressoras, Corte e Solda, Revisoras, Laminadoras e tantos outros poderão ser adquiridos com facilidade.

Talvez você já viu outras possibilidades, mas deixou passar a oportunidade. Investir num momento em que o país está é um desafio, mas para muitos não há opção. Ter um parque de máquinas velhas, mal cuidadas e ultrapassadas tecnologicamente só fará com que a empresa fique mais para trás ainda e não consiga competir com concorrentes mais preparados e que talvez já estão pensando em usar o BNDES Automático 2017.

Um exemplo disso é a tecnologia Gearless para banda larga. O desnível de tecnologia desse tipo de equipamento para máquinas engrenadas é gigantesco. Você precisa de pelo menos 3 impressoras engrenadas para fazer a produção que uma única impressora gearless faz e isso sem contar que numa gearless você acerta o registro das cores em apenas 30 segundos. Isso mesmo, 30 segundos sem desperdício de tempo e nem material.

Não sabemos quando haverá outra oportunidade como essa do governo com o BNDES Automático 2017 atual que está tentando melhorar a economia e, por conta disso, mudou e facilitou desde 30 de janeiro o acesso ao crédito.

Confira mais informações em: http://www.blogflexo.com/wp-content/uploads/2017/01/BNDES-AUTOMATICO-2017.pdf

Leia mais